O mongkon refere-se
a uma coroa usada pelos lutadores quando entram no ringue.
Este
objeto sagrado é tradicionalmente benzido em sete mosteiros budistas, sendo
colocado na cabeça do lutador antes do mesmo entrar no ringue de combate e,
naturalmente, de serem executados os rituais wai kru e ram
muay.
O mongkon pertence
ao mestre e ao campo de treino do lutador.
Todos
os atletas de determinado campo utilizam o mesmo mongkon.
Este
é colocado na cabeça do lutador antes do mesmo se deslocar para o ringue,
precedido de uma breve oração, que se acredita que protegerá o lutador de
graves lesões, sendo que expulsará os espíritos negativos da área de combate.
Por
fim, o sagrado objeto é removido do lutador quando este termina uma série de
movimentos sequenciais que completam o wai kru e o ram
muay.
A
colocação e remoção do mongkon é executada, geralmente, pelo
treinador do ginásio, contudo pode também ser efectuada pelo pai do lutador ou
alguém bastante próximo do mesmo.
O mongkon é
único para cada campo.
Este
objeto purificado permite que, através da sua posição e formato, seja possível
distinguir o respectivo local da Tailândia de onde o atleta é proveniente.
No
passado, caso a parte de trás do mongkon estivesse apontada
para cima, significava que o lutador era originário do norte da Tailândia.
Uma
vez que a parte de trás estivesse apontada para baixo, então o mesmo pertencia
ao sul do país.
Adicionalmente,
se a extremidade posterior estivesse apontada para trás, então o atleta
pertencia à zona centro da Tailândia.
Outrora,
os lutadores estavam deveras interditos de transportar ou colocar em si mesmos
este objeto.
Contudo,
é hoje comum que o mongkon seja já segurado pelos atletas,
sobretudo no ocidente.
Como
peça sagrada, e de acordo com as tradições budistas, o mongkon é
sempre guardado acima da cabeça de todos na sua presença e nunca é suposto que
o mesmo toque o solo.